“Oraram, e ele fez vir codornizes, e saciou-os com o pão do céu”
Salmo, 105,40
Não era
ainda o tempo do maná
o pão sem raiz
solto dos céus, ainda era o tempo
das robustas panelas
das lágrimas dentro das cebolas
não era o tempo ainda
do céu com codornizes frescas
como a sombra da tarde
era o tempo da argila escravizar
as mãos e da recusa
da esperança vir aos palcos da alma
dar a face.
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