quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

MEC planeja dar acesso ao livro digital a alunos da rede pública nos próximos anos


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Em 2013, a estudante Beatriz Aguiar ingressou no 1º ano do ensino médio em uma escola particular de Brasília (DF). Além de todas as mudanças já esperadas para o período, mais uma: o material escolar agora não ocupa mais do que o espaço de um tablet na mochila. Por quatro parcelas de R$ 277 ela comprou as obras que serão usadas e atualizadas durante o período letivo. OMinistério da Educação (MEC), planeja, para os próximos anos, dar acesso a esse material aos alunos da rede pública.

Consta no edital para os livros a serem distribuídas em 2015 peloPrograma Nacional do Livro Didático (PNLD) a inscrição de obras multimídia, que reúnam livro impresso e digital. Eles deverão ter vídeos, áudios, animações, infográficos, mapas interativos, páginas da web e outros objetos que complementarão as informações contidas nos textos escritos. 

"Além de termos acesso aos textos, temos outros recursos para ajudar no aprendizado, eu estou gostando muito", diz Beatriz. Ontem (27/02/13) foi o Dia Nacional do Livro Didático, e a Agência Brasilprocurou a opinião de especialistas sobre as tendências nessa área da educação.

Segundo a pesquisadora da Fundação Getulio Vargas (FGV) Priscilla Tavares, a digitalização do material didático apresenta pontos favoráveis como a aproximação dos alunos por meio de um material mais atrativo. "Avaliações do ensino reportam que os alunos não frequentam a biblioteca por falta de interesse pela leitura. Por outro lado, além de atrair, essas obras têm alcance restrito: o aluno, em casa, pode não ter computador ou internet". Dados do Ibope Mediamostram que no terceiro trimestre de 2012, 94,2 milhões de brasileiros, menos da metade (47,5%) tinham acesso à internet.

Priscilla afirma também que os meios digitais podem ajudar no desempenho dos estudantes ou atrapalhar. Um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de 2007 concluiu que as escolas com acesso à internet têm maior eficiência, que se reflete no desempenho dos estudantes. O mesmo estudo mostrou que os laboratórios podem ser mal utilizados, levando ao pior desempenho por "alocar equivocadamente" o tempo dos estudantes. "Os alunos estão adaptados, têm maior convívio com os meios digitais, mas muitos professores não têm esse conhecimento. O recurso audiovisual é bom quando se sabe usar", diz a pesquisadora.

Para melhorar o acesso, o Ministério da Educação já distribuiu 382.317 tablets. A meta é chegar a 600 mil até o final de 2013. Na primeira etapa, os equipamentos serão destinados a professores de escolas de ensino médio. Apenas o Amapá e o Maranhão não aderiram ao programa. Estão previstos conteúdos de domínio público, outros disponibilizados pelo MEC e pela Khan Academy. Por ano, o ministério investe cerca de R$ 1 bilhão pelo PNLD.

De acordo com o presidente Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), Sérgio Quadros, o setor busca o aperfeiçoamento na área para atender à demanda cada vez maior. Ele explica no entanto, que os preços não devem sofrer muitas alterações: "É possível que fique mais barato com a eliminação da cadeia de custo do papel. No entanto, surge outra cadeia, que envolve hospedar a obra em algum servidor para acessá-la pela internet entre outros. No fim, trocam-se alguns custos por outros".

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara defende um modelo já adotado nos Estados Unidos, o chamadoRecursos Educacionais Abertos (REA), por meio do qual o governo compra os direitos autorais das obras. Isso permitiria que os professores tivessem acesso facilitado não apenas a uma obra por disciplina (como ocorre pelo PNLD), mas a todas as disponibilizadas pelo MEC

"O professor pode usar 20, 30 obras, variando em cada aula como achar melhor". O REA consta no Projeto de Lei 1.513/2011, em tramitação na Câmara dos Deputados. A Abrelivros adianta que caso o modelo passe a vigorar, deverá ser cobrado um valor adequado à disponibilização do conteúdo.

FONTE

Mariana Tokarnia - Repórter

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Livros eletrônicos exigem menos esforço mental que livro de papel


Como ler
O que você prefere: ler um livro de papel, ou o mesmo livro em formato digital, usando um leitor eletrônico (e-reader)?
A larga maioria de um grande grupo - reunindo jovens e idosos - respondeu prontamente que preferia o tradicional livro de papel.
Mas, quando foram divididos em grupos, aqueles que leram o livro no leitor eletrônico despenderam menos esforço mental para a leitura no aparelho eletrônico do que no livro em papel.
Foi o que descobriram Matthias Schlesewsky e seus colegas da Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha.
Esforço mental na leitura
Quase todas as pesquisas de opinião mostram que as pessoas em geral afirmam preferir ler um livro de papel do que lê-lo em um leitor específico (e-reader) ou em um tablet.
Por isso, os pesquisadores queriam avaliar as origens dessa preferência em termos de esforço neural exigido para processar a informação lida nos três meios - papel, leitor eletrônico ou tablet.
Apesar da entrevista inicial concordar com os resultados das outras pesquisas - a maioria diz preferir o livro de papel - os resultados neurais não deram suporte a essa preferência.
Os pesquisadores avaliaram os movimentos dos olhos e a atividade cerebral, e documentaram um esforço significativamente menor para a leitura do livro eletrônico, sobretudo entre os leitores mais idosos.
Os participantes mais jovens, entre 21 e 34 anos de idade, mostraram esforços similares para a leitura em todas as três mídias.
Prazer dos sentidos
Nenhum dos participantes no estudo teve dificuldade para compreender o que tinha lido em qualquer um dos dispositivos.
Mas, com base nos exames fisiológicos avaliados, os pesquisadores sugerem que os leitores mais idosos podem se beneficiar do maior contraste apresentado pelos aparelhos de leitura eletrônica, em comparação com os livros de papel.
O estudo não avaliou os esforços físicos envolvidos, como o maior peso do livro de papel ou o eventual incômodo da constante mudança de posição para leitura do anverso e do verso das folhas.
Apesar de a leitura ser uma atividade tipicamente mental, a maioria das pessoas dá razões "sensuais" para preferir o livro de papel, sobretudo a textura e o cheiro do livro.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

1º Conferência sobre Big Data Oráculo Digital - Presencial ou Online - Gratuito


Esclarecer, mostrar e discutir com o mercado o conceito de Big Data, que por definição é composto de "5 Vs": velocidade, volume, variedade, veracidade e valor da Informação.


Evento
1º Big Data Oráculo Digital


Endereço

R. Martiniano de Carvalho, 851, Bela Vista, São Paulo - SP


Data

28 de março de 2013


Horário

8h30 às 18h00


Maiores informações e inscrições: http://oraculodigital.com/bigdata