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domingo, 17 de agosto de 2014

Assista de graça o documentário sobre o ativista Aaron Swartz

Lembra que no início de maio nós divulgamos em primeira mão o trailer legendado de “The internet's own boy”, o documentário sobre a vida do ativista Aaron Swartz? Pois é, agora o filme já saiu e está disponível para download!
E não podia ser diferente né? Swartz foi um dos ícones na luta pelo conhecimento livre e foi preso e processado por baixar artigos acadêmicos. Aos 26 anos o norte-americano se suicidou, após ser condenado a 35 anos de prisão e a uma multa de US$ 1 bilhão. Até hoje ele é lembrado por aqueles que lutam para difundir cultura e informação de forma livre e universal.
O filme de Brian Knappenberger retrata a vida e a luta de Swartz, que  foi um dos criadores do feed de notícias RSS (aos 13 anos), fundou o Reddit e participou do processo de criação do Creative Commons.
“The internet's own boy” foi viabilizado por meio de financiamento coletivo e lançado no último dia 27. Para assistir o filme completo acesse aqui o Internet Archive

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Espionagem: como as agências de inteligência de EUA e Inglaterra coletam dados?



Documentos divulgados pelo ex-funcionário da inteligência americana Edward Snowden sugerem que o governo americano realizou operações de vigilância em massa em todo o mundo - incluindo em seus países aliados. As acusações fizeram com que o comitê de inteligência do Senado prometesse rever o modo como a maior organização de inteligência do país - a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) - realiza as operações.

Saiba o que se sabe até agora, de acordo com os documentos "vazados", dos principais métodos utilizados pela agência.

1. Acesso a informações de empresas de tecnologia

Em junho de 2013, os documentos divulgados pelo jornal Washington Post revelaram como a NSA têm acesso a diversas grandes empresas de tecnologia pela "porta dos fundos".


A agência tinha acesso aos servidores de nove empresas de internet, incluindo Facebook,GoogleMicrosoft e Yahoo, para monitorar comunicações online como parte de um programa de vigilância chamado Prism.

Os documentos afirmam que o projeto deu à NSA - e ao serviço de inteligência britânico GCHQ - acesso a e-mails, chats, informações armazenadas, chamadas de voz, transferências de arquivos e dados de redes sociais de milhares de pessoas.

No entanto, as empresas negaram que tivessem oferecido "acesso direto" a seus servidores para a agência.
Alguns especialistas também questionaram o poder real do Prism.


O professor de perícia digital Peter Sommer disse à BBC que o acesso pode ser mais semelhante a uma "portinha de cachorro" do que a uma "porta dos fundos" - de modo que as agências de inteligências pudessem acessar os servidores somente para coletar inteligência a respeito de um alvo específico.

2. Extração de dados de cabos de fibra óptica

Ainda no mês de junho, mais documentos do serviço de inteligência britânico publicados pelo jornal The Guardian revelaram que a Grã-Bretanha extraía dados de cabos de fibra óptica que transportam comunicações globais e compartilhava as informações com a NSA.

Os documentos diziam que o GCHQ tinha acesso a 200 cabos de fibra óptica, o que dava ao órgão a capacidade de monitorar até 600 milhões de comunicações todos os dias.


As informações sobre o uso de internet e telefone eram supostamente armazenadas por até 30 dias para que fossem filtradas e analisadas.

GCHQ se recusou a comentar as acusações, mas disse que sua obediência à lei era "escrupulosa".

Em outubro, o jornal italiano L'Espresso publicou acusações de que aGCHQ e a NSA alvejaram três cabos submarinos que terminavam na Itália, para interceptar dados comerciais e militares.

Os três cabos, na Sicília, se chamavam SeaMeWe3, SeaMeWe4 e Flag Europe-Asia.

3. Escuta em telefones

Em outubro, a mídia alemã afirmou que os Estados Unidosgrampearam o telefone da chanceler alemã Angela Merkel por mais de uma década - e que a vigilância só acabou há alguns meses.

A revista Der Spiegel, também citando documentos revelados por Edward Snowden, sugeriu que os Estados Unidos tinham acesso ao telefone de Merkel desde 2002.

Os documentos citados pela revista dizem que uma unidade de escuta ficava dentro da Embaixada americana em Berlim - e que operações semelhantes aconteciam em outras 80 cidades pelo mundo.

O jornalista investigativo Duncan Campbell explica em seu blog como áreas com janelas fechadas, visíveis do lado de fora dos prédios oficiais poderiam na verdade ter "janelas de rádio". Estas janelas externas - feitas de um material que não conduz eletricidade - permite que sinais de rádio passem e cheguem até os equipamentos de coleta e análise dentro dos edifícios.

Der Spiegel disse que a natureza do monitoramento do celular de Merkel não estava clara nos documentos divulgados.

No entanto, relatos posteriores afirmaram que dois dos telefones da chanceler haviam sido grampeados - um telefone não criptografado usado para ocasiões informais e um aparelho criptografado, usado para o trabalho.

E

De acordo com especialistas em segurança, os sistemas padrão de criptografia dos telefones celulares podem ser vulneráveis porque seus sistemas para "embaralhar os dados" são - em termos de software - separados dos programas utilizados para criar mensagens.

Por isso, é possível que uma operação de escuta se posicione entre o software que faz a mensagem e o sistema de criptografia em cada uma das pontas da conversa - e tenha acesso à informação antes que ela seja criptografada ou depois que é reordenada.

A criptografia de ponta a ponta, que agora é adotada por muitos, preenche esta lacuna ao fazer com que o programa de mensagens faça o "embaralhamento" diretamente. Além disso, muitos destes sistemas compartilham dados em redes fechadas, então muitas mensagens não passam pela internet e só são reordenadas quando chegam ao seu destinatário.

Além do telefone de Merkel, há acusações de que a NSA teria monitorado milhares de chamadas telefônicas de cidadãos alemães e franceses, além de e-mails e chamadas dos presidentes do México e do Brasil.

Reportagens do Guardian também afirmaram que a NSA monitorou os telefones de 35 líderes mundiais depois de ter recebido seus números de telefone de outro oficial do governo americano. Edward Snowden também foi a fonte dos documentos que revelaram estas informações.

4. Espionagem dirigida

Ainda em junho, a revista alemã Der Spiegel afirmou que a NSA teria espionado também os escritórios da União Europeia (UE) nos Estados Unidos e na Europa.


A revista disse ter visto documentos revelados por Snowden mostrando que o país teria acesso a redes de computadores internas da União Europeia em Washington e do escritório da ONU em Nova York.

Os documentos também sugeriam que a NSA realizou uma operação de escuta em um edifício em Bruxelas, onde funcionam as sedes do Conselho de Ministros da UE e o Conselho Europeu.

Pouco depois, em julho, o Guardian disse - citando como fonte outros documentos "vazados"- que um total de 38 embaixadas e missões foram "alvos" de operações de espionagem americanas.

Os países alvejados incluíam a França, a Itália e a Grécia, assim como outros aliados não-europeus dos Estados Unidos como Japão, Coreia do Sul e Índia.

Embaixadas e missões em Nova York e Washington também estariam sob vigilância.

Os documentos, segundo o jornal, detalharam "uma variedade extraordinária" de métodos de espionagem usados para interceptar mensagens. Elas incluíam grampos, antenas especializadas e escutas.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Leia mais (de graça) e “dê ao mundo” o seu livro favorito

unglue-livros
Que tal se juntar a outros fãs de livros para comprar direitos autorais e tornar o acesso a eles grátis? Foi com essa ideia ousada que nasceu o Unglue.it, um serviço de crowdfunding para transformar títulos protegidos em ebooks creative commons.
Lançado em maio do ano passado, o site foi criado para ajudar leitores apaixonados a “descolar” (traduzindo o nome do site) os livros do controle das editoras para ter acesso a obras antigas, esgotadas ou que editoras não se interessem mais em publicar. Mas os autores não saem perdendo com isso! O pagamento aos criadores é feito por meio do financiamento coletivo – e as pessoas que quiserem participar podem doar qualquer quantia.
Se o valor estipulado pelo direito do livro for alcançado, a obra ganhará uma versão em ebook, sob uma licença creative commons. Isso significa que qualquer pessoa pode ler, baixar e compartilhar o ebook livre e legalmente. “Significa dar ao mundo o seu livro favorito”, acreditam os criadores do serviço. Inspirador, não?
O primeiro sucesso da plataforma foi disponibilizar, de graça e com novos recursos, a obra Literatura Oral na África, de Ruth H. Finnegan. Na ocasião, em agosto de 2012, a autora declarou estar maravilhada com a possibilidade de a pesquisa ser lida livremente no continente estudado. Outros livros também foram “descolados” pelo site, como:
O Terceiro Despertar, de Dennis Weiser;
Então Você Quer Ser Bibliotecário, de Lauren Pressley;
Alimentando a Cidade, de Sara Roncaglia, e
Open Access eBooks, de E.S. Hellman.

Entre os livros mais desejados pelos usuários do site estão O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams, Uma Breve História do Tempo, de Stephen Hawking, e Revolução dos Bichos, de George Orwell. Quais são os seus livros favoritos que você gostaria que fossem “descolados”? Compartilhe com a gente nos comentários!
Leia também:

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

“É crucial estarmos vigilantes” Entrevista com o hacker Aaron Swartz



Por Tatiana de Mello Dias - http://blogs.estadao.com.br
Publicamos a íntegra da entrevista que o hacker Aaron Swartz, morto na sexta-feira, deu ao ‘Link’ em 2012
SÃO PAULO – “A maneira como empresas controlam sutilmente as alavancas da democracia é uma das coisas mais importantes e assustadoras que estão acontecendo hoje”, escreveu Aaron Swartz ao Linkem 2012. Ele respondeu por e-mail uma entrevista que daria origem à reportagem de capa que narrou sua trajetória e deu os detalhes do processo.
—-
• Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook, no Google+ no Tumblr e também no Instagram

Swartz cometeu suicídio última sexta-feira, aos 26 anos. Garoto-prodígio da computação, ele fez seu primeiro trabalho relevante (colaborou no desenvolvimento do RSS) aos 13 anos. Foi co-autor de uma série de projetos bem-sucedidos para a web – como o Reddit, a parte tecnológica das licenças Creative Commons e o Web.py, e também era também defensor ativo da liberdade da internet. Ele respondia a um processo e poderia pegar mais de 30 anos de prisão por ter baixado 4 milhões de trabalhos acadêmicos da biblioteca online JSTOR, a fim de disponibilizá-los online. As perguntas sobre o caso jurídico não foram respondidas, mas todas as outras sim. Abaixo, a entrevista inédita na íntegra.
Como você aprendeu a programar? 
Eu tentei vários tipos de coisas diferentes, mas as principais lições que eu aprendi foram de um curso de um dia dado por Philip Greenspun (pioneiro no desenvolvimento de redes sociais) no Massachusetts Institute of Technology MIT).

Como você conheceu Tim Berners-Lee (o criador da World Wide Web)
Eu encontrei ele pela primeira vez em um encontro do grupo de padrões que ele fundou, o W3C. Era uma sessão sobre o padrão RDF e ele estava sentado quieto em um canto, digitando em seu laptop, aparentemente sem prestar nenhuma atenção. Mas então, no final da fala de alguém, ele levantou a mão e fez uma pergunta que foi direto ao coração de qualquer coisa que tivesse sido apresentada. Foi realmente impressionante. Nós trabalhamos juntos na visão dele de web semântica; eu aprendi e me diverti muito.

Qual foi o seu papel na criação do RSS 1.0?
Eu entrei para o grupo de trabalho para criá-lo muito cedo e, como eu tinha mais tempo livre do que a maioria dos outros membros (ele tinha 13 anos), eu rapidamente mergulhei e comecei a fazer muito do trabalho. Logo eu me tornei um membro oficial e, então, eu acabei fazendo muito da atual forma da especificação.

FOTO: Reprodução/Mashable

Você também trabalhou com Lawrence Lessig, que rasgou vários elogios para você. Como foi o trabalho com ele? 
Eu li uma reportagem em um jornal sobre a ideia de Creative Commons, quando ela ainda estava sendo pensada, e escrevi para Lessig para encorajá-lo a usar a tecnologia RDF que eu estava desenvolvendo com o Tim Berners-Lee. Ele respondeu dizendo que aquela era uma ótima ideia, e que eu deveria implementá-la. Então eu entrei cedo na arquitetura do sistema de metadados deles, mas também ajudei um pouco com a programação.

O que você aprendeu com ele? 
Eu aprendi muito. A maneira como ele aconselha e encoraja as pessoas é bem inspiradora, assim como o estilo único dele se comunicar, e o foco intenso em problemas importantes.

Nos últimos anos, nós vimos várias leis duras antipirataria surgirem no mundo. Leis como a SOPA/PIPA nos EUA, e a Hadopi na França. Você acha que a indústria está aumentando a pressão sobre os governos? 
Sim, a indústria está colocando uma pressão intensa nos governos em todo o mundo. O mundo está mudando rapidamente, e eles provavelmente veem isso como uma última chance de tentar manter a sua maneira antiga de fazer as coisas.

Quais são as maiores dificuldades em relação ao acesso à informação hoje?
(não respondeu)

O que mudou na sua vida desde que você foi acusado?
(não respondeu)

Você acha que é um bode expiatório?
(não respondeu)

Alguns pensadores dizem que a internet está chegando a um ponto crucial, em que é preciso definir se quem ditará as regras serão os governos, as empresas que dominam os serviços ou as pessoas. Você concorda com isso? Há a necessidade de se estabelecer regras para o funcionamento da internet? 
Eu não acho que a necessidade de se criar ‘regras para a web’. Eu acho que há uma luta agora, em que várias grandes instituições, como Google, Facebook e governos, estão tentando aumentar os seus poderes para controlarem mais a internet – e eu acho que isso é muito perigoso, e é por isso que eu estou animado ao ver que as pessoas estão trabalhando juntas para prevenir isso.

O que você achou do Free Internet Act, do Reddit? 
Eu não li os detalhes, mas eu acho que é uma boa ideia e o processo público e aberto de redação é inspirador.

Por que você criou a Demand Progress? Como ela funciona?
Eu estava frustrado com a maneira como parecia não haver nenhum grupo político importante nos EUA que combinava um lobby cuidadoso em Washington com um grande ativismo online. Eu achei que combinando os dois, poderíamos realizar coisas incríveis.

E como vocês poderiam fazer lobby de uma maneira mais efetiva? Você acha que o setor de tecnologia está mal representado no Congresso americano? 
Eu acho que nós poderíamos ser mais eficientes se tivéssemos mais recursos. A indústria de entretenimento gasta quantias ridículas de dinheiro fazendo lobby, enquanto nós somos extremamente limitados. Como resultado, eles podem espalhar mentiras sobre a gente e a tecnologia, e é bem difícil para nós corrigi-los.

Swartz e Lawrence Lessig. FOTO: Arquivo Pessoal 
Você baixou 441 mil artigos jurídicos para determinar a origem do financiamento deles. Qual é a importância de hacks desse tipo para a democracia?
Eu não usaria esse termo. Esse foi um projeto de pesquisa que eu fiz para ajudar a mostrar a influência de grandes corporações em especialistas da academia supostamente independentes. Eu acho que a maneira como as empresas usam o seu dinheiro para controlar sutilmente as alavancas da democracia é uma das coisas mais importantes e assustadoras que estão acontecendo hoje. E eu acho que fornecer evidências claras sobre os detalhes é importante e útil ao informar o público sobre o que está acontecendo.

Se todos pudessem escrever software, você acha que a democracia seria fortalecida?
Eu acho que a tecnologia se torna mais e mais uma parte chave das nossas vidas. Garantir que todos tenham um entendimento básico sobre como programar os tornará pessoas mais eficientes e tomadores de decisão mais informados. Neste momento há um monte de pessoas que não entendem como a tecnologia funciona, então eles acham que podem magicamente parar as coisas ruins. Se eles programasse, poderiam ter sugestões mais razoáveis.

Você acha que a comunidade da tecnologia está se tornando mais politizada? 
Sim, definitivamente. E a batalha contra a Sopa foi a principal razão. A indústria da tecnologia como nós conhecemos hoje repousa sobre alguns pedaços finos de legislação, introduzida por membros mais prudentes do Congresso. Mas elas podem mudar a qualquer momento – então é crucial estarmos vigilantes.

Como é a sua rotina de trabalho?
Eu acordo bem cedo e tento pensar e escrever um pouco antes de usar o computador. Então eu olho meu e-mail e respondo coisas que chegaram de madrugada. Eu passo a maior parte do dia falando com pessoas e trabalhando em vários pequenos projetos, e à noite eu tento ler um livro.

Você já teve algum tipo de problema por causa da sua idade? 
As pessoas têm sido surpreendentemente tolerantes com isso, o que é encantador. Mas há definitivamente algumas provocações.

Na sua carreira, você desenvolveu padrões que se tornaram parte da web que usamos hoje. Quais são, para você, as principais tendências para os próximos anos?
A maior é provavelmente uma coisa de bastidores, que é o fato da linguagem de programação JavaScript estar se tornando realmente muito boa. Isso significa que sites se tornarão mais rápidos e interativos e mais e mais coisas poderão ser feitas dentro do seu próprio browser, em vez de ter que voltar a um servidor para cada nova página todas as vezes que você clica em um link.

Quais são seus próximos projetos? Você está escrevendo um livro?
Eu tive de deixar o projeto de livro de lado para focar em alguns projetos políticos, mas nenhum deles eu posso anunciar ainda.

Você já veio ao Brasil?
Sim, eu visitei o Rio de Janeiro e Belém para o Carnaval e o Fórum Social Mundial. É um país maravilhoso e inspirador – eu espero voltar logo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A sua Internet é livre? Livre mesmo? Conheça este documentário


Freenet? é um documentário colaborativo que promove a reflexão sobre o real estado e o futuro das liberdades na Internet. Privacidade, liberdade de expressão, democracia, são apenas alguns dos temas tratados em perspectivas diversas do exercício dos direitos humanos na rede. Tudo tratado em uma produção audiovisual que contará com a participação dos maiores interessados – os internautas.
O corte final ainda não está pronto, mas a equipe já está liberando edições de algumas entrevistas de pesquisa no vídeo “Inclusão Digital?“, abaixo. O melhor: pode também copiar, compartilhar, remixar, porque está licenciado em CC-BY!
trailer e mais informações sobre o projeto podem ser encontrados no site oficial do documentário, http://freenetfilm.org/. Se quiser colaborar com vídeos ou qualquer conteúdo para o documentário, é só postar diretamente no mural da página do Freenet? no Facebook, aqui:https://www.facebook.com/FreenetFilm.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Cristofobia - Pouco denunciada, a opressão violenta das minorias cristãs nos países muçulmanos é um problema cada vez mais grave


SANGUE DERRAMADO Cristãos coptas, do Egito, carregam uma imagem de Jesus Cristo manchada de sangue, em ato contra a violência de extremistas islâmicos  (Foto: Asmaa Waguih/Reuters)




Ayaan Hirsi Ali, de 42 anos, nasceu de uma família muçulmana na Somália e emigrou para a Holanda, onde foi parlamentar. Produziu o filme Submissão (2004), sobre a repressão às mulheres no mundo islâmico. É pesquisadora do American Enterprise Institute
Ouvimos falar com frequência de muçulmanos como vítimas de abuso no Ocidente e dos manifestantes da Primavera Árabe que lutam contra a tirania. Outra guerra completamente diferente está em curso – uma batalha ignorada, que tem custado milhares de vidas. Cristãos estão sendo mortos no mundo islâmico por causa de sua religião. É um genocídio crescente que deveria provocar um alarme em todo o mundo.
O retrato dos muçulmanos como vítimas ou heróis é, na melhor das hipóteses, parcialmente verdadeiro. Nos últimos anos, a opressão violenta das minorias cristãs tornou-se a norma em países de maioria islâmica, da África Ocidental ao Oriente Médio e do sul da Ásia à Oceania. Em alguns países, o próprio governo e seus agentes queimam igrejas e prendem fiéis. Em outros, grupos rebeldes e justiceiros resolvem o problema com as próprias mãos, assassinando cristãos e expulsando-os de regiões em que suas raízes remontam a séculos.
A mensagem

Para o Ocidente

 A cristofobia gera muita violência, mas é menos discutida
do que a islamofobia

Para os agressores 
O problema deve ser enfrentado com pressões diplomáticas, econômicas e comerciais
  
A reticência da mídia em relação ao assunto tem várias origens. Uma pode ser o medo de provocar mais violência. Outra é, provavelmente, a influência de grupos de lobby, como a Organização da Cooperação Islâmica – uma espécie de Nações Unidas do islamismo, com sede na Arábia Saudita – e o Conselho para Relações Americano-Islâmicas. Na última década, essas e outras entidades similares foram consideravelmente bem-sucedidas em persuadir importantes figuras públicas e jornalistas do Ocidente a achar que todo e qualquer exemplo entendido como discriminação anti-islâmica é expressão de um transtorno chamado “islamofobia” – um termo cujo objetivo é extrair a mesma reprovação moral da xenofobia ou da homofobia.
DOR Centenas de cristãos egípcios velam as vítimas de um ataque  à bomba contra uma igreja em Alexandria,  em janeiro de 2011, que deixou 23 mortos  (Foto: Cai Yang/Xinhua Press/Corbis)
Uma avaliação imparcial de eventos recentes leva à conclusão de que a dimensão e a gravidade da islamofobia não são nada em comparação com a cristofobia sangrenta que atravessa atualmente países de maioria muçulmana de uma ponta do globo à outra. A conspiração silenciosa que cerca essa violenta expressão de intolerância religiosa precisa parar. Nada menos que o destino do cristianismo no mundo islâmico – e, em última instância, de todas as minorias religiosas nessa região – está em jogo.
Por causa de leis contra blasfêmia a assassinatos brutais, bombardeios, mutilações e incêndios em lugares sagrados, os cristãos de muitos países vivem com medo. Na Nigéria, muitos sofrem todas essas formas de perseguição. O país tem a maior minoria cristã (40%) em proporção ao número de habitantes (170 milhões) entre todos os países de maioria islâmica. Há anos, muçulmanos e cristãos vivem à beira de uma guerra civil. A Nigéria é o recordista em número de cristãos mortos em ataques violentos nos últimos anos (leia mais abaixo). A mais nova organização radical é o grupo Boko Haram, que significa “educação ocidental é sacrilégio” e tem como objetivo estabelecer a lei islâmica (charia) em toda a Nigéria. Com esse propósito, afirma que matará todos os cristãos do país.

Só em janeiro, o Boko Haram foi responsável por 54 mortes. Em 2011, seus membros mataram ao menos 510 pessoas e queimaram ou destruíram mais de 350 igrejas em dez Estados da região norte, de maioria muçulmana. Eles usam armas, bombas de gasolina e até facões, gritando “Allahu akbar” (“Deus é grande”) enquanto atacam cidadãos inocentes. Até agora, têm se concentrado em matar clérigos, políticos, estudantes, policiais e soldados cristãos, assim como líderes muçulmanos que condenam suas atitudes.

A cristofobia que infesta o Sudão assume uma forma diferente. O governo autoritário do norte, muçulmano sunita, atormenta há décadas as minorias cristãs e animistas do sul. O que muitas vezes é descrito como guerra civil é, na prática, perseguição constante do governo a minorias religiosas. Essa prática culminou no vergonhoso genocídio de Darfur. O presidente muçulmano do Sudão, Omar al-Bashir, foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional por três acusações de genocídio, mas a violência não terminou. A euforia dos cristãos pela semi-independência que Bashir concedeu ao Sudão do Sul, em julho do ano passado, já passou. No Estado do Cordofão do Sul, eles ainda estão sujeitos a bombardeios aéreos, assassinatos, sequestros de crianças e outras atrocidades. A ONU afirma que entre 53 mil e 75 mil civis inocentes foram deslocados de suas casas.
TENSÃO Cristãos, sudaneses do sul comemoram sua independência do Sudão, de maioria muçulmana, em 2011. A religião é um dos motivos para o conflito que perdura entre os dois países   (Foto: Thomas Mukoya/Reuters)
Os dois tipos de perseguição – realizados por grupos extragovernamentais ou por agentes do Estado – aconteceram simultaneamente no Egito pós-Primavera Árabe. Em 9 de outubro do ano passado, na região de Maspero, no Cairo, cristãos coptas marcharam em protesto contra uma onda de ataques muçulmanos – incêndios em igrejas, estupros, mutilações e assassinatos – que se seguiu à derrubada da ditadura de Hosni Mubarak. Os coptas representam cerca de 10% dos 83 milhões de egípcios. Durante o ato, as forças de segurança avançaram contra a multidão com seus caminhões e atiraram nos manifestantes, matando 24 pessoas e ferindo mais de 300. No fim do ano, mais de 200 mil coptas já haviam fugido de suas casas diante da expectativa de mais ataques. Com os muçulmanos no poder após as eleições legislativas, os temores parecem justificados.
O Egito não é o único país árabe que parece empenhado em acabar com a minoria cristã. Desde 2003, mais de 900 cristãos iraquianos (a maioria deles assírios) foram mortos por terroristas somente em Bagdá, e 70 igrejas foram queimadas. Milhares deixaram o país por causa da violência. A consequência foi a queda do número de cristãos para menos de 500 mil pessoas, metade da população registrada há dez anos. A Agência Assíria Internacional de Notícias, compreensivelmente, descreve a situação atual como um “genocídio incipiente ou limpeza étnica dos assírios no Iraque”.
O mapa da intolerância (Foto: AP (2) e Khalid Mohammed/AP)

Os 2,8 milhões de cristãos que moram no Paquistão representam apenas 1,4% da população de mais de 190 milhões. Como membros de um grupo tão pequeno, vivem com medo constante não só de terroristas islâmicos, mas também das leis draconianas do Paquistão contra a blasfêmia. Há o famoso caso de uma cristã condenada à morte por supostamente insultar o profeta Maomé. Quando a pressão internacional convenceu o governador do Punjab, Salman Taseer, a tentar encontrar uma forma de libertá-la, ele foi morto por seu segurança, em janeiro de 2011. O guarda-costas foi considerado herói pela maioria dos clérigos muçulmanos preeminentes. Embora tenha sido condenado à morte no fim do ano passado, o juiz que impôs a sentença vive escondido, temendo por sua vida.

Casos como esse não são raros no Paquistão. As leis contra a blasfêmia são comumente usadas por muçulmanos criminosos e intolerantes para perseguir minorias religiosas. O ato de simplesmente declarar crença na Santíssima Trindade é considerado blasfêmia, pois contradiz as principais doutrinas teológicas islâmicas. Quando um grupo cristão é suspeito de desrespeitar essas leis, as consequências podem ser brutais. É só perguntar aos membros da entidade assistencial cristã World Vision. Seus escritórios foram atacados em 2010 por dez homens armados com granadas. Seis pessoas morreram e quatro ficaram feridas. Um grupo muçulmano militante assumiu a responsabilidade pelo ataque, sob a justificativa de que a World Vision estava tentando subverter o islã – na verdade, estava ajudando os sobreviventes de um grande terremoto.

Nem mesmo a Indonésia, muitas vezes retratada como o país de maioria muçulmana mais tolerante, democrático e moderno do mundo, está imune às ondas de cristofobia. Segundo dados divulgados pelo jornal americano The Christian Post, o número de incidentes violentos cometidos contra minorias religiosas (7% da população, dos quais a maioria é cristã) aumentou quase 40% entre 2010 e 2011.

A litania de sofrimentos pode ser ampliada. No Irã, dezenas de cristãos foram presos por ousar fazer cultos fora do sistema de igrejas sancionado pelo governo. A Arábia Saudita merece ser colocada numa categoria própria. Apesar de mais de 1 milhão de cristãos morarem no país como trabalhadores estrangeiros, igrejas e até a prática privada de oração cristã são proibidas; para impor essas restrições totalitárias, a polícia religiosa frequentemente invade casas de cristãos e os acusa de blasfêmia em tribunais onde o testemunho deles tem menos importância jurídica que o de um muçulmano. Mesmo na Etiópia, onde os cristãos são maioria, igrejas incendiadas por membros da minoria muçulmana tornaram-se um problema grave.

Deveria ficar claro, a partir desse catálogo de atrocidades, que a violência contra os cristãos é um problema importante e pouco denunciado. Não, a violência não é planejada centralmente ou coordenada por alguma agência islâmica internacional. Nesse sentido, a guerra mundial contra os cristãos não é nem um pouco uma guerra tradicional. É uma expressão espontânea de uma animosidade anticristã por parte dos muçulmanos que transcende cultura, região e etnia.

Nina Shea, diretora do Centro pela Liberdade Religiosa do Instituto Hudson, de Washington, disse numa entrevista para a revista Newsweek que as minorias cristãs em muitos países de maioria muçulmana “perderam a proteção de suas sociedades”. Isso é especialmente verdade em países com movimentos islâmicos radicais em ascensão. Nesses lugares, justiceiros muitas vezes sentem que podem agir com impunidade, e a falta de ação do governo frequentemente comprova isso. A antiga ideia dos turcos otomanos de que não muçulmanos em sociedades muçulmanas merecem proteção (ainda que como cidadãos de segunda classe) praticamente desapareceu em grandes porções do mundo islâmico. O resultado é derramamento de sangue e opressão.

Vamos, por favor, estabelecer prioridades. Sim, governos ocidentais devem proteger minorias islâmicas da intolerância. E é claro que devemos nos certificar de que eles possam cultuar, viver e trabalhar livremente e sem medo. A proteção da liberdade de consciência e expressão distingue sociedades livres das não livres. Mas também precisamos manter a perspectiva em relação à escala e à gravidade da intolerância. Desenhos, filmes e textos são uma coisa; facas, armas e granadas são outra totalmente diferente.

Sobre o que o Ocidente pode fazer para ajudar as minorias religiosas em sociedades de maioria muçulmana, minha resposta é: precisamos começar a usar os bilhões de dólares doados para ajuda aos países agressores como poder de barganha. E há ainda o comércio e os investimentos. Além da pressão diplomática, as doações e relações comerciais podem e devem depender do compromisso com o respeito à liberdade de consciência e ao culto para todos os cidadãos. Em vez de acreditar em histórias exageradas de islamofobia ocidental, é hora de tomar uma posição real contra a cristofobia que contamina o mundo muçulmano. A tolerância é para todos – exceto para os intolerantes.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Bank of America, VISA, MasterCard, PayPal e Western Union continuam bloqueio ilegal às contas do WikiLeaks


E você, é cliente dessas empresas? Já pensou em mudar? Já deu tempo de perceber que o mercado de cartões de crédito é um oligopólio formado por duas empresas globais? Hoje bloqueiam as contas do WikiLeaks, sem base legal alguma. Amanhã bloqueiam você, sua empresa, sua causa.

domingo, 30 de outubro de 2011

Dez telas de Felix Nussbaum, pintor e vítima do Holocausto

O Triunfo da Morte - 1944

Felix Nussbaum (nascido em 11 de Dezembro de 1904 em Osnabrück, falecido a 2 de Agosto de 1944 em Auschwitz) foi um pintor alemão de religião judaica, com várias obras que ilustram os horrores do Holocausto, do qual ele foi vítima. Estudou em Hamburgo e Berlim, arte, livre e aplicada (freie und angewandte Kunst). Nos anos 1920 e 30 as suas exposições em Berlim tiveram grande sucesso. Com a chegada ao poder dos Nazis em 1933, foi obrigado a viver no exílio, em Itália, França e finalmente na Bélgica (Bruxelas) com a sua mulher, a polaca Felka Platek, com quem casou em 1937. Com a ocupação pelos alemães e o regime de Vichy, foi internado num campo de concentração em França. Conseguiu no entanto fugir com a sua mulher e esconder-se na casa de um amigo, também um artista, em Bruxelas. Foi traído e denunciado em Junho de 1944 e imediatamente preso, juntamente com a sua mulher. Foi levado para campo de concentração de Malines (ou Mecheln) de onde foi levado para Auschwitz, onde foi assassinado em 2 de Agosto de 1944, presumivelmente com a sua mulher.


Fonte: Wikipédia




TELAS 
(clique nas imagens para ampliar)

 Maler im Atelier 1931

Selbstbildnis mit Judenpass 1943

Selbstbildnis mit grüner Mütze 1936

Auto-retrato com máscara, 1928

Selbstbildnis im Totenhemd, 1942

O refugiado 1939

Jewish Boy with a Badge

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Partido Pirata Sueco entra no Parlamento Europeu


Redação Portal IMPRENSA

Com o objetivo de modificar leis de direitos autorais no mundo que penalizam a pirataria e protegem conglomerados de comunicação, o Partido Pirata Sueco está perto de participar diretamente da política da Europa. 

Em junho próximo, Amelia Andersdotter, 23 anos, deve se transformar em deputada após angariar mais de 235 mil votos e levar uma das duas vagas suplementares da Suécia no Parlamento Europeu, informa a Folha.com.

Nascido em 2006 com a intenção de modificar a política de direitos autorais, o partido milita contra as leis de copyright e patentes, e se espalha pelo mundo com rapidez. Só na Suécia o partido possui mais de 40 mil filiados e, sua vertente jovem, a Ung Pirat, tem mais de 19 mil integrantes. 

O argumento do Partido Pirata conseguiu porta-vozes em 26 países, inclusive no Brasil. De acordo com a Folha.com, a divisão brasileira do partido nasceu m 2007 por iniciativa de Jhessica Reia, 22.

"Tem campanha do governo que liga pirataria ao crime organizado", reclama. O site do grupo oferece outra visão: "Crianças gostam de piratas, adultos os comparam a sanguinários. Mas pirata é livre", disse em entrevista. 

Para manter a militância do partido, a jovem vende camisetas e planeja o lançamento de um site para angariar fundos com mais rapidez. 

Os tipos mais comuns de direitos autorais podem ser divididos em três categorias: Copyleft; Copyright; e Creative Commons, segundo informa o site da instituição

O que são Copyright, Copyleft e Creative Commons?

Copyleft permite a cópia indiscriminada de todo o conteúdo de determinada fonte, sem a autorização da mesma e permite que o material seja modificado livremente. Utilizado geralmente por criadores de softwares, a licença Copyleft favorece o desenvolvimento livre de projetos, como em uma contribuição coletiva. 

Já o Copyright se divide em duas vertentes, sendo as obras de direitos morais - em que o autor recebe os créditos intelectuais pela obra, mas não necessariamente dinheiro por isso - e os direitos patrimoniais, o qual o dono da obra, que não precisa ser o autor, detém os direitos de comercialização. 

Existem ainda as obras resguardadas pela filosofia do Creative Commons. Dentre as vertentes da gama de seis tipos de licença, a mais conhecida é a quer permite a completa reprodução de determinada obra, como fotos, vídeos, livros, músicas etc, desde aquele que a reproduz ou divulga não cobre nada por isso, tampouco lucre, mesmo que de forma indireta.