domingo, 31 de outubro de 2010

Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas: informações e recursos para download


Caros irmãos e leitores, hoje apresentamos uma grande dica para aqueles que buscam maiores informações e recursos sobre a questão das drogas e da dependência química. O OBID (Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas), mantém um site com grande quantidade de informação sobre o tema, abrangendo praticamente todo o espectro das substâncias entorpecentes/ilícitas. Além da riqueza de informações, o site oferece ainda diversos recursos para download gratuito, como cartilhas e livretes, além de folhetos sobre temas variados, que vão do álcool aos anabolizantes. É possível ainda solicitar o envio de material impresso.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Processos de criação meta-autorais

Por Artur Matuck

Escrituras Mediáticas
Níveis de autoria no processo de criação artística


O conceito de Escrituras Mediáticas fundamenta-se numa perspectiva do processo de autoria desenvolvido em muitas obras contemporâneas de arte e tecnologia. Este conceito desdobra o processo de criação em estágios distintos e sucessivos: o primeiro, chamado meta-texto, atua como gerador, determinador do segundo, o textopropriamente dito, que atualiza o metatexto, realizando o projeto enunciado.
Propõe-se, assim, uma metodologia de criação e produção mediática. No primeiro nível, estabelece-se um metadiscurso, uma espécie de partitura mediática, que determina, planeja e direciona as interfaces operacionais entre o criador, seus processos escriturais, seus instrumentos, programas e eventuais colaboradores.
Segundo este protocolo, os trabalhos a serem realizados seguirão diretrizes pré-determinadas de ordem processual, conceitual, tecnológica e computacional, que constituem o metatexto. O metatexto tem portanto a função de orientar atos performáticos de expressão estética, procedimentos de organização de informações, processos generativos de sequências significantes ou sistemas de produção co-autorada, ou mesmo o meta-texto pode orientar a produção de outros meta-textos que por sua vez desencadearão processos escriturais.
Esta conceituação do processo criativo busca evidenciar um estágio implícito do pensamento, o esquema estruturador de uma obra, tornando-o explícito. Ao mesmo tempo, o metatexto constitui-se num texto autônomo com linguagem, estilo, grafia e estética próprias ainda em processo embrionário enquanto forma reconhecida no universo estético. Ainda assim o meta-texto poderá ser considerado como um elemento do discurso final em sua totalidade.
Neste processo autoral, um autor atua inicialmente como meta-autor, concebendo e escrevendo o metatexto em sua forma definitiva. Posteriormente, como artista procedimental, o mesmo autor ou os co-autores produzem o trabalho, isto é, escrevem o texto, segundo o projeto metatextual.
As diretrizes do projeto meta-textual, no entanto, não tem que necessariamente propor restrições: as estratégias processuais sugerem, orientam ou modificam os fluxos criativos, mas apenas parcialmente podem pré-determinar conteúdos finais, desde que estes estão sujeitos à contingência de situações escriturais.
É previsível ainda que durante o processo de se produzir o texto, de se atualizar as diretrizes previstas no metatexto, a prática atue reflexivamente, provocando uma possível reelaboração do metatexto. Neste caso ocorre um processo de realimentação que enriquece e aprimora o metatexto original que pode incorporar processos antes imprevistos e mesmo imprevisíveis.

Além disso, podem ser identificados diversos níveis de meta-textos, textos, e pós-textos, que se desdobram em níveis hierárquicos na gradativa construção das informações. São escrituras que determinam novas escrituras, planejamentos que orientam planejamentos mais detalhados, processos que sugerem procedimentos de criação individual ou coletiva, que são ao final editados, revisados, preparados para serem exibidos, divulgados em conferências, exposições, concertos, publicações impressas, CD-Roms ou sítios computacionais.

Uma teoria para a criação artística na era digital

Criação mediática em dois estágios: metatexto e texto
o primeiro, metatexto, atua como gerador, do segundo, o texto

metatexto projeto
nível de pré-criação que determina, planeja e direciona
as interfaces operacionais entre o criador,
e processos escriturais, instrumentos e programas

metatexto planejamento
diretrizes pré-determinadas de ordem
processual, conceitual, tecnológica e computacional

metatexto função
orientar atos de expressão estética,
procedimentos de organização de informações
processos generativos de sequências significantes

metatexto estética
(meta) texto autônomo com linguagem, estilo, grafia e estética próprias
um possível elemento do discurso final em sua totalidade

Esta conceituação do processo criativo evidencia estágio implícito
do pensamento, o esquema estruturador da obra, tornando-o explícito

o autor meta-autor
concebe e enuncia o metatexto em sua forma definitiva

o autor /co-autores artistas procedimentais
enunciam o trabalho segundo diretrizes do metatexto

o autor artista processual
avalia o processo criativo

o autor meta-autor
reelabora o metatexto original

Intertextos

Abstrato analítico e concreto sensível

"A questão fundamental para uma reflexão sobre objetos de arte e para sua análise adequada, consiste em dispor de alguns métodos ... de modo a formular de novo e explicar, a níveis mais formais ou mais abstratos, o material que se oferece à experiência, desprendendo-se progressivamente do sensível, em quanto este se dá de uma maneira imediata em sua qualidade. Desta maneira um modelo rítmico pode servir tanto para a dimensão sonora de um filme como para sua dimensão visual.
Poder-se-ia pensar ... que a realidade autêntica de uma obra fílmica ou de qualquer outro tipo, está precisamente neste nível mais abstrato (de hipótese formal construtiva) e que sua manifestação concreta seja não essencial.
Mas precisamente, o sensível, enquanto se organiza em percepção e em semiose, enquanto é captado como um complexo estruturado de elementos, somente pode justificar-se fora do sensível ou de sua pura qualidade, por meio de referência a modelos.
Assim pois, captamos identidades e diferenças, estabelecemos analogias e oposições, instituímos uma fina rede de relações e de correlações no âmbito do material sensível, e somente desta maneira este é para nós verdadeiramente sensível."
Emilio Garroni, Proyecto de Semiótica, Editorial Gustavo Gilli, Barcelona, 1973

Searle sobre a língua e o mundo

"Deve-se admitir uma invenção da língua e do mundo, invenção paralela que, apesar de sua opacidade, as faz se interpenetrar e designar reciprocamente. Autonomia da língua. Autonomia daquilo que a língua tenta designar. Em sua interação, afirma-se a possibilidade dessa disjunção e, portanto, a possibilidade quase infinita de re-composição e de intervenção."
Lucien Sfez, Crítica da Comunicação, Edições Loyola, São Paulo, 1994


O signo como diferença

"No breve escrito De organo sive arte magna cogitandi, de Leibniz, procurando poucos pensamentos a partir da combinatória dos quais todos os outros possam ser derivados, como acontece com os números, estabelece a matriz combinatória essencial na oposição entre Deus e o nada, a presença e a ausência. Desta dialética elementar é maravilhosa similitude o cálculo binário."
Umberto Eco, Signo, Enciclopédia Einaudi, Imprensa Nacional, Lisboa, 1994


Artur Matuck é professor da pós-graduação da Escola de Comunicações e Artes da USP e um dos organizadores do 8º Simpósio Internacional de Artemídia e Cultura Digital - In-Pacto "Processos Criativos nas Artes: O Tradicional e o Contemporâneo".

Fonte: http://filosofiacienciaevida.uol.com.br

sábado, 23 de outubro de 2010

Sua biblioteca precisa de livros?

(Notícia retirada do Publishnews, 22/10/2010)

O Ministério da Cultura vai lançar um portal de livro, no qual as bibliotecas públicas e comunitárias terão espaço para pedir doações de livros de pessoas físicas ou jurídicas. Quem quiser se cadastrar para incrementar o acervo deve mandar um e-mail informando o nome da instituição, endereço completo, e-mail, telefone e os títulos das obras ou gêneros das publicações que deseja até o dia 24 de outubro. O MinC avisa: não serão aceitos cadastros de instituições escolares e nem de bibliotecas particulares, e o MinC tampouco fará doações.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Revista Cidadania & Meio Ambiente - Download gratuito



A revista Cidadania & Meio Ambiente, ISSN 2177-630X, foi conceituada como um veículo de comunicação para atuar como uma ferramenta de incentivo ao conhecimento e à reflexão, através de matérias, artigos de opinião, artigos técnicos e entrevitas, sempre discutindo cidadania e meio ambiente, de forma transversal e anaslítica. Sua distribuição é integralmente gratuita, visando contribuir para com a socialização da informação sócio-ambiental.
A revista encontra-se disponível para download gratuito. 

domingo, 10 de outubro de 2010

Programa gratuito preserva dados digitais para o futuro

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/10/2010

Programa gratuito preserva dados digitais para o futuro


O objetivo do novo software de código aberto é preservar 
os dados digitais "por um futuro indefinido".[Imagem: Caspar]

Cientistas europeus disponibilizaram gratuitamente um software desenvolvido com o objetivo de garantir que os dados armazenados digitalmente sejam preservados, acessados e compreendidos no futuro, sobrevivendo às contínuas mudanças tecnológicas.

Preservação do conhecimento
A ferramenta é resultado do CASPAR (Cultural, artistic and scientific knowledge preservation, for access and retrieval - preservação do conhecimento cultural, artístico e científico para o acesso e recuperação), um projeto que consumiu 8,8 milhões de euros de investimentos dentro do programa europeu Agenda Digital.
Os grandes volumes de dados eletrônicos, incluindo registros oficiais, arquivos históricos e resultados de pesquisas científicas estão se tornando ilegíveis ou correndo o risco de serem perdidos não apenas porque as novas tecnologias não conseguem lê-los, mas também porque os usuários não conseguem entender a informação.
O objetivo do novo software de código aberto é eliminar esse problema de uma vez por todas, "por um futuro indefinido", afirmam os pesquisadores.
Bases de dados do passado guardavam os registros em formatos diferentes e com precisão diferente das atuais, e as bases de dados do futuro também evoluirão com as necessidades e terão formatos diferentes dos atuais.
Por exemplo, os sinais da influência humana sobre o aquecimento global estão sendo coletados há várias décadas. Apesar da evolução das tecnologias de gravação de dados - dos cartões perfurados e das fitas magnéticas até os inúmeros servidores da computação em nuvem - é crucial para o progresso científico que esses dados sejam inteiramente acessíveis e possam ser diretamente comparados com os dados coletados no futuro.

Descrição dos dados
Com problemas como este em mente, os pesquisadores do CASPAR criaram uma ferramenta é capaz de descrever todos os tipos de dados para que os números possam ser extraídos no futuro - o equivalente a ser capaz de imprimi-los hoje.
O programa também garante que os números e os relacionamentos entre eles possam ser entendidos e manipulados em qualquer software, e para qualquer pesquisa que os cientistas possam querer.
As técnicas foram amplamente utilizadas e testadas com sucesso com diferentes tipos de dados científicos, culturais e artísticos, que serviram para validar a técnica.
O programa pode ser baixado gratuitamente no site do projeto CASPAR, no endereço www.casparpreserves.eu.

FONTE:  http://www.inovacaotecnologica.com.br

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Aplicação Projeto Gutenberg para Android


O Projeto Gutenberg tem vindo a digitalizar e divulgar livros no formato digital ao longo de décadas. Acaba de chegar ao Google Android Market.
A aplicação Gutenberg eReader permite a leitura de todo o catálogo de ebooks em aparelhos que utilizem o sistema operativo Android.
Rezam as crónicas que:
- Tem um interface intuitivo;
- Sistemas de pesquisa múltipla
- Funciona em qualquer aparelho que use Android.
- Grava o ebook que que se está a ler, retomando na linha que se deixou;
- Suporta ebooks em formato HTML.
- Tem um custo de 2,16 euros;

Via AppBrain
via  http://ebookportugal.net

Manifesto pela Liberdade de Imprensa - Assine o abaixo-assinado


Já de algum tempo temos visto certo embate travado entre setores da imprensa e o atual governo, sobre a questão da Liberdade de Imprensa.

Não é segredo para ninguém o mal-estar que nossos governantes (e políticos em geral) sentem quando são publicados seus feitos menos nobres. Até aí, nada de mais. O governo acusa a imprensa de tomar partido, a imprensa revida... Sim, a imprensa não é santa, tem seus interesse$ e pode ser tendenciosa em alguns casos. Mas isso não significa que se possa privar a sociedade de um direito capital, que é saber a verdade. Pois nada do recente noticiário (que o governo acusa de tendencioso) tem sido deliberadamente inventado. São cambalachos cabais mesmo, não é dona Erenice?.

Como disse o deputado Miro Teixeira, em recente entrevista à Veja:

“O que existe é uma tendência de as pessoas públicas e as autoridades se considerarem intocáveis. É o cont ário. Quem voluntariamente escolhe a vida pública tem de estar disposto a ser criticado por seus atos. O ideal seria que cada cidadão pudesse fiscalizar as pessoas públicas. Como isso não é possível, quem fiscaliza é a imprensa. E o povo tem o direito de conhecer as críticas. Se elas forem injustas, cabe reparação. Nós temos acesso a entrevistas coletivas, à tribuna, onde podemos desqualificar uma notícia falsa ou quem a publicou. Além disso. a diversidade de veículos no Brasil é muito grande. Há muitos jornais, revistas, rádios, TVs e internet de conteúdo nacional. Em pouco tempo, qualquer notícia falsa se desfaz. E, se um veículo se caracteriza como divulgador de notícias disparatadas, cai em descrédito, deixa de ser visto ou comprado. Por isso, há veículos com maior audiência que outros. O povo escolhe aqueles nos quais confia mais.”

Sem a liberdade de imprensa, amigos, ouso dizer que o conhecimento da verdade dos fatos entre nós perde não um braço ou uma asa, mas de uma só vez seus olhos, boca, ouvidos e nariz. Se não fosse a imprensa nunca saberíamos de escândalos como os de Collor (que por sinal está aí na ribalta [picadeiro?], firme e forte), dos Anões do Orçamento, do Mensalão, os Sanguessugas, e trocentenas de outros, nacionais, estaduais, municipais...

Com vistas a defender a liberdade de imprensa foi lançado há alguns dias em São Paulo um Manifesto em Defesa da Democracia e da Liberdade de Imprensa (aqui). Junto com o Manifesto, está correndo um abaixo-assinado em apoio a esta iniciativa. Por reconhecer o caráter suprapartidário e o colossal interesse público em tal iniciativa, a União de Blogueiros Evangélicos convida a todos os seus membros, e a qualquer cidadão, a assinar este Manifesto.

Para assinar, clique aqui

Convidamos-lhes ainda a divulgar entre seus irmãos, amigos e contatos esta iniciativa. Se querem calar a grande mídia (abalizada, juramentada e sacramentada) imagine o que pretendem fazer conosco, meus irmãos blogueiros...

Sammis Reachers