domingo, 12 de dezembro de 2010

A Literatura de Hoje

Escritores na FLIP 2010

A literatura contemporânea é uma literatura do desfazimento por romper com vários padrões poéticos do passado. O poeta contemporâneo abandona o culto à poética aristotélica revisitada pelos românticos. Desfaz os laços de coletividade do passado para centralizar sua produção a partir do indivíduo. O tema das realizações poéticas de um povo passa a ser o resultado das experiências vividas pelo poeta. A sua métrica não vale como medida da poesia do passado; sua narrativa perdeu a linearidade que orienta o curso da história. Os recursos e os vários estilos contam mais que a homogeneidade literária de antes. O escritor/poeta trata da palavra e não mais da memória. Ele quer dizer o indizível; a obra é um apenas um percurso. Está em constante formatação. O poeta Antonio Cícero vai dizer que “o que os vanguardistas efetivamente mostraram - e não o fizeram com seus manifestos, mas com seus poemas - foi que a poesia é compatível com uma infinidade de formas. É verdade que o corolário disso é que as formas tradicionais eram meramente tradicionais e não essenciais à poesia. Ao revelar esse fato, eles desfetichisaram e relativizaram essas formas; mas desfetichisar e relativizar uma coisa é diferente de destruí-la”_ www.revista.agulha.nom.br. Portanto, a literatura de hoje é uma escrita de rompimento com o passado, buscando alternativas de reescritas. Inclusive, com o risco de se perder no meio do processo. O que você acha da literatura de hoje?

0 comentários:

Postar um comentário