sábado, 7 de janeiro de 2012

Para ler nas nuvens

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Os programas para você buscar, comprar, guardar e aproveitar seus escritores preferidos no celular, no tablet ou no computador pessoal


Desde o lançamento do leitor digital Kindle, que catapultou o crescimento do mercado de livros eletrônicos a partir de 2007, a leitura digital tem dividido opiniões. De um lado, há quem defenda a experiência prazerosa de ler no papel, supostamente inimitável pela tecnologia. De outro, entusiastas dos livros digitais desfilam pelas ruas com seus e-readers (os aparelhos de leitura) e exaltam a praticidade dos e-books (as obras digitais). Há, porém, um terceiro grupo, no qual está inclusa a maior parte dos consumidores: aqueles que não se importam o suficiente para defender um dos lados da disputa (ou mesmo comprar um e-reader), mas gostariam de desfrutar as facilidades dos e-books. Desde que não dê muito trabalho. A seguir uma seleção de aplicativos baratos ou gratuitos para desbravar o acervo crescente de livros digitais.
FACILIDADE O editor de livros Paulo Tadeu e seu tablet. Desde que aderiu aos e-books, ele compra mais livros estrangeiros (Foto: Filipe Redondo/ÉPOCA)
Os e-readers como o Kindle, da Amazon, oferecem uma experiência mais semelhante à do papel, com telas desenvolvidas para não irritar os olhos. Mas os aplicativos para computadores, tablets e smartphones são opções mais acessíveis para quem não quer investir em um aparelho dedicado para livros. “Optei por um tablet, no lugar de um e-reader, porque ele tem outras funcionalidades, e a leitura é muito confortável”, diz o editor de livros Paulo Tadeu, recém-convertido ao mundo dos e-books.
Outro ponto forte dos aplicativos é a possibilidade de ler o mesmo livro em vários dispositivos (incluindo e-readers), retomando a leitura no ponto anterior. Depois que você começa a ler um livro digital no smarthphone, se abrir a mesma obra no aplicativo do computador, tem a opção de ir para o ponto onde parou. “Uso o iPad de dia, quando estou em algum intervalo no trabalho ou no café”, diz o programador Daniel Filho. “O Kindle, uso em casa, antes de dormir, por proporcionar uma leitura mais confortável.”
Para explorar esse mercado, as principais lojas de livros digitais já criaram aplicativos que funcionam em várias plataformas. Um dos mais populares é o Kindle, da Amazon, que busca reproduzir em outros dispositivos as funções do popular e-reader da empresa. A Apple também disputa o público com o iBooks, que permite comprar e ler livros digitais. Outras livrarias virtuais do Brasil e de outros países aderiram à moda (leia o quadro abaixo). Por enquanto, a tecnologia tem algumas limitações importantes – sobretudo para os leitores brasileiros. Além de lidar com um acervo escasso de livros digitais em português, os usuários do país não têm acesso a alguns dos principais aplicativos do gênero. E muitas livrarias digitais estrangeiras impõem restrições às vendas para o Brasil. Para comprar um livro digital na Fnac francesa é preciso ter um cartão de crédito daquele país. Mas as restrições devem durar pouco: aplicativos como o Kobo, o Kindle e o iBooks já oferecem formas de pagamento mais flexíveis. Dificilmente a tendência será ignorada por outros. O entusiasmo dos usuários e sua disposição para as compras virtuais justificam o esforço. “A oferta de conteúdo aumentou meu volume de leitura. Estou sempre lendo quatro ou cinco e-books ao mesmo tempo”, afirma Paulo.

Conheça os aplicativos de leitura mais populares (E gratuitos!) que podem rodar em várias plataformas (Foto: reprodução)

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